terça-feira, 25 de agosto de 2009

Férias de Casa Nova

Você quer passar as festas do fim do ano e entrar 2010 de casa renovada? Ou, quem sabe, está montando uma casa ou apartamento no litoral para curtir as férias em família... Se você está com algum destes planos, já está em tempo de começar a se programar! Do início do mês de setembro até início de dezembro é o período de tempo ideal para que sua casa chegue ao Natal renovada.

Nos primeiros 40 dias haverá a escolha do escritório que irá desenvolver o projeto de interiores, e nesta fase existem vários pontos a definir, desde a escolha do estilo de decoração mais adequado ao seu modo de vida até definições de acabamentos, cores, texturas e assim por diante.

O ideal é que o projeto já esteja pronto e encaminhado ao marceneiro ou loja de sua escolha até, no máximo, a segunda quinzena de outubro (normalmente, quando chega novembro os marceneiros param de aceitar pedidos devido à alta demanda de móveis nesta época do ano, e as poucas lojas de móveis planejados que ainda os aceitam aumentam o prazo de entrega).

Você deve estar se perguntando qual o motivo de definir tudo até outubro. Pois bem! Fechada a compra dos móveis, temos ainda o tempo de confecção deles (que leva em média 40 dias) e o tempo de montagem (que vai variar de acordo com o tamanho do pacote fechado: se é apenas uma cozinha, se é um quarto, ou se é a casa toda), fora a instalação de todos os elementos complementares: pontos de energia/água, gesso, papel de parede, granito, vidros, espelhos, etc.

Pode parecer cedo, mas se você deseja trocar a mobília e mudar o astral da sua casa para o final do ano sem perder o bom humor, é melhor se apressar!



sábado, 15 de agosto de 2009

Marcelo Rosembaum para Mannes

Poucos sabem (pelo menos quem não trabalha na área), mas o Marcelo Rosenbaum, aquele arquiteto do quadro Lar Doce Lar, do Caldeirão do Huck, lançou uma nova linha de sofás para a Mannes, empresa de colchões, estofados e espumas que fica em Guaramirim. Ao todo, foram criados quatro modelos que você confere a seguir:

Goma: sofá em módulos que se unem para deixar o estofado com o tamanho desejado
Coroa: sofás pop-retrô que incluem modelos de dois e três lugares, poltrona com dois braços, de encostos alto e baixo


Libra: poltrona, chaise e sofás de dois e três lugares

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Luana V.: Tenho um corredor comprido e estreito, com piso laminado e rodapé igual. Suas paredes são brancas e não tem janelas, tem 8m de comprimento por 1m de largura. Como posso dar a sensação de largura (o forro já foi rebaixado com gesso, e tem 2,m de altura)?


ponto.arquitetura: Embora o desejo da maioria das pessoas seja de terem espaçosas áreas de circulação, a realidade é diferente (pelo menos em boa parte dos casos). Uma boa estratégia seria utilizar as paredes do corredor como um fio condutor, que complemente a decoração de sua casa. Pintar as paredes e o forro da mesma cor ajuda na sensação de amplitude. Se você gostar de literatura, pode pintar algumas frases ou palavras que tenham algum significado para você, ou quem sabe adesivar alguma citação de seu livro predileto... Você pode também usá-lo como um álbum fotográfico, mostrando vários momentos com a família e amigos, mas com imagens espalhadas pela parede (se usá-las de maneira linear, vai dar ao corredor a impressão de ser ainda mais comprido). O uso de espelhos torna a luz mais intensa e alarga o espaço. Espero ter ajudado! ;)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Lançamento!


A Silestone, líder mundial em fabricação de superfícies de quartzo e única com proteção antibacteriana, apresentou a coleção Silestone Platinum na feira Casa Brasil, em Bento Gonçalves. Desenvolvida por Fernando Alonso, ela mistura quartzo e metal. Ótimas para bancadas de cozinha, ou um lavabo mais incrementado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Móveis de Design


Arne Jacobsen foi um dos mais famosos arquitetos dinamarqueses. Atuou por mais de meio século na área de design e da arquitetura. Perfeccionista em suas criações, mesmo 30 anos após sua morte, os traços de seus trabalhos ainda se fazem presentes e influenciam muito as produções atuais. Desenhada para o Hotel Royal SAS de Copenhagen, a poltrona Egg é um dos seus projetos mais conhecidos, ao lado da cadeira Swan e da Série 7.


Poltrona Egg com pezeira


Série especial da Hansen para os salões de Milão em comemoração aos seus 50 anos (completados em 2008), com patchwork do artista israelense Tal R


Cadeira Swan

Cadeira Série 7


Em Jaraguá do Sul sei que parte destas peças podem ser encontradas na Casa Geraldo e na Belíssima. Em Guaramirim, na Berlim Ambientes (sob encomenda).

Inspirações 1

Um arquiteto cujo trabalho serve de referência para mim é o australiano Frank Macchia. Possui uma técnica de desenho bastante apurada que, aliada ao seu senso de aproveitamento dos elementos arquitetônicos, desenvolve projetos bastante surpreendentes.
Abaixo segue um exemplo de projeto de residência para a cidade de Melbourne.








terça-feira, 4 de agosto de 2009

Carta ao Cliente

Certa vez li este texto na faculdade. Hoje, navegando por aí, encontrei-o novamente e decidi postar. Escritas pelo admirável arquiteto Vilanova Artigas - ícone da arquitetura brasileira - no ano de 1945, estas palavras retratam um cenário comum da arquitetura, e servem como forma de conscientização do papel do profissional na sociedade.
"Carta ao cliente

Confesso que não me assustei muito ao ler sua carta contando o resultado da conferência para autorização de um projeto para o São Lucas. Estas coisas acontecem sempre porque, por falta de costume, quem constrói, nem sempre avalia o plano de como deveria fazê-lo. Se eu insisto em aconselhá-lo mais uma vez para que consiga um arquiteto para dirigir os trabalhos de seu hospital, não é somente porque desejo muito trabalhar para um hospital modelo, mas porque, e principalmente porque, não posso crer que uma obra, da importância da sua, possa nascer sem estudo prévio. É vezo brasileiro fazer as coisas sem plano inicial perfeitamente elaborado; quando se pergunta sobre como ficarão estes e aqueles pormenores, a resposta é sempre a mesma: Ah! Isso depois, na hora, veremos.
Assim fazem-se as casas, os prédios, as cidades; nesse empirismo vive a lavoura, a indústria e o próprio governo. O planejamento, mercadoria altamente valorizada em todo mundo para qualquer realização, não encontrará entre nós o ambiente propício enquanto nós moços não nos capacitarmos da sua necessidade imprescindível. Poderia continuar conversando com você sobre a grande vantagem de planejar com antecedência, até amanhã, sem esgotar todos os argumentos e provavelmente terminaria por dizer que é até demonstração de patriotismo e inteligência. Mas com isso não convenceríamos ninguém; talvez muito mais vantajoso seria confinar a discussão entre os limites das vantagens particulares, individuais de aplicar o método. Então vejamos. A pergunta é sempre a mesma; -”que vantagem poderíamos ter em gastar CR$ 65.000,00 em um projeto somente? O projeto não é o prédio; muito pelo contrário, somente uma despesa a mais! Contratando a construção o projeto viria de graça, feito pelo próprio construtor e nós economizaríamos 5% sobre o valor do prédio. Com esses 5%, no caso de querermos gastá-lo, até poderíamos melhorar algumas condições do edifício; enriquecer alguns materiais etc…”
Garanto que os argumentos acima lhe foram expostos mais de uma vez. São os que sempre vejo empregados em ocasiões dessas e nunca mudam. São também os mais fáceis de rebater e os menos inteligentes.
Senão vejamos: “…O projeto sempre custa alguma coisa. O construtor que o fizer terá, sem dúvida que empregar engenheiros e desenhistas para isso. Terá de empregar gente para calcular concreto, para calcular aquecimento, eletricidade, etc… O construtor cobrará essa despesa do proprietário através da comissão para a construção. Tanto isso é verdade que, se você apresentar aos construtores um projeto completamente pronto, ele cobrará percentagem menor para a construção porque dirá, “não terei despesas no escritório”. Suponhamos que a taxa de honorários para a construção seja de 10 a 12%, inclusive o projeto. Se você der o projeto, encontrará quem lhe faça por 6 ou 8%. Daí você conclui que o projeto que você pagou ao arquiteto 5%, já representa nessa ocasião somente 1% ou 2% a mais do que o preço geralmente previsto.
Mas eu desejo provar que o plano geral, feito com antecedência, é economia e não despesa. Então vamos continuar. Ninguém pode negar, nenhum construtor, nenhum cliente, que o projeto feito pelo técnico, contém em si uma previsão maior dos diversos detalhes do que o projeto rabiscado pelo construtor e verificado pelo proprietário. Faça uma experiência. Tome um plano que esteja em início de construção e pergunte a quem o dirige: por onde passam os canos de aquecimento? Por onde passam os canos de esgoto? O senhor vai fazer antes isso ou aquilo? Garanto que não sabem.
Responderão: “provavelmente passarão por aqui ou ali, farei isto ou aquilo antes. Se na ocasião de executar um serviço, verificar-se um contratempo qualquer, um cano que não pode passar porque tem uma porta, um esgoto vai ficar aparecendo no andar de baixo; o construtor resolve em função do problema, no momento. Ele dá voltas com o cano ou faz um forro falso para esconder o esgoto que iria aparecer em baixo. Entretanto se isso tivesse sido previsto, não precisaria de forro falso ou qualquer outra coisa. No papel, teria sido procurada e encontrada a solução mais econômica, para o caso, a mais bonita.
Consulte um construtor experimentado ou alguém que já tenha construído e todos serão unânimes em contar-lhe pequenas calamidades que apareceram. Eu já ouvi diversas vezes, por exemplo: “Quando colocamos as fundações no terreno nós vimos que o quarto ficaria enterrado. Então levantamos as fundações mais cinqüenta centímetros para dar certo. Por isso deu uma escada na entrada e ficou com um porão, etc… Se você calcular quanto mais caro ficou a imprevisão, você verá a vantagem de ter um projeto estudado. O arquiteto teria dado uma disposição diferente nos cômodos de maneira que o tal quarto não ficasse enterrado, sem ter que aumentar as fundações e assim economizaria o dinheiro com o qual se faria pagar.
Se o proprietário não ganhasse nada, ainda teria para si uma solução melhor e um motivo para valorizar seu imóvel. O construtor por exemplo não projetaria as instalações elétricas. Ele chamaria um instalador “prático” e o homem disporia a coisa à sua vontade. Usaria os canos que ele quisesse e os fios que achasse melhores. Bem curioso, não é ? Poucos entendem disso e ninguém iria fiscalizar o homem. Acontece, porém que os fios, quando são fios demais em relação à corrente que transportam, dão muitas perdas, e essas se traduzem em despesa mensal maior de energia para você durante os 50 ou 100 anos de funcionamento do hospital; assim você pagaria 100 vezes um bom projeto de distribuição de eletricidade. Estou apenas repetindo casos cotidianos.
Do funcionamento do hospital ainda mais, o construtor provavelmente não entende e nem terá tempo suficiente para estudar. Ele não é especializado em hospitais porque isto é Brasil e depois não estudam porque não é o seu métier. Ora, assim sendo, ele vai confiar em você. Você conhece hospitais já feitos e em funcionamento, como hospitais, não como construções. Os seus preconceitos, a respeito, o construtor repetirá com o dinheiro de seu bolso. As soluções que, para alguns casos que você viu, são soluções econômicas poderão constituir soluções caríssimas, no seu caso. Rematando, sua casa de saúde não teria o melhor aspecto porque faltou um artista.
Arquitetura, é construção e arte. Arte. Arte não tem livro de regulamento que ensine. Nasce dentro de cada um e desenvolve-se como conjunto de experiências. Procure um homem que possa das à sua casa de saúde, além das características de um hospital eficiente pelo perfeito planejamento das diversas sessões, um valor artístico indiscutível.
O valor artístico é um valor perene, enorme, inestimável. É um valor sem preço e sem desgaste. Pelo contrário, aumenta com os anos à proporção que os homens se educam para reconhecê-lo. O valor artístico subsiste até nas ruínas. Os anos correm e desgastam o material, enquanto valorizam o espiritual.
Com a consciência limpa termino minha proposta. Está em suas mãos a responsabilidade de decidir entre os caminhos. De um lado eu me coloco, não só, mas como representante dos arquitetos brasileiros, defendendo a economia, a ordem e acima de tudo, o futuro. De outro lado, o empirismo, a reação, a imprevisão.
Qualquer solução que você venha a dar não mudará as relações entre nós, nem sua opinião futura sobre o que acabo de escrever. Se o prédio for bom, bem projetado, bem planejado, por um bom arquiteto, você gostará, todos gostarão; se ele não prestar, se custar muito, se não funcionar, ser for feio ou sem personalidade, sem valor artístico, sem plano nenhum, o resultado será o mesmo. Em todos os dois casos você adquirirá experiência e acabará por trabalhar sempre do meu lado e com os meus argumentos. Nós venceremos sempre como eu queria demonstrar.
Pague pois o que eu pedi. É pouco em relação às vantagens futuras. Ou não pague, e as vantagens serão as mesmas, para a sociedade evidentemente, não para você.
Com um abraço afetuoso do amigo certo,
Vilanova Artigas
São Paulo, julho de 1945"

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